segunda-feira, 16 de março de 2009

366 dias em alguns instantes...


Hoje inicio minha batalha...
Mais um ano...
Posso começar a refazer meus sonhos, idéias...
E deixar fruir para longe da tristeza...
Meus sentimentos reflexos de meus desabafos, solidificados em solidão...
Agora percebem o quanto faz falta amar a pessoa certa, sabendo que sempre, sempre esteve perto...
Por ontem, hoje, recomeço a guardar minhas alegrias...
Fechar e amarrar minhas mágoas...
Deixadas para bem longe...
Onde nem eu mesmo poderei lembrar, nem mais lembrar...
Pois uma fraqueza me alimenta, mas agora está sem seu fruto...
E hoje é mais um dia que devo praticar minhas idéias...
Já obsoletas para tornarem-se transformadas...
Pura psicologia interpreta meu intelecto...
Livre, disperso, afogado e consumido...
Desprezível entre a natureza, apática de sua determinação...
Hoje foi fruto de mais uma longa e angustiante discussão...
Meu temperamento, minha revolta já cansada, não me permitem mais agarrar ou alcançar, para chegar ou ultrapassar obstáculos...
Minha visão torna-se cega, desprovida de momentos de conquista...
Para perto ou para longe de você...
Segundo e seguidos de frases bíblicas...
Sei o quanto sou infiel à minha oração...
Sempre querendo ter fé...
Mas me acomodando em decepção...
Preciso ser mais forte, é preciso...
Um calabouço sempre a descer...
Para saber o que encontra-se no escuro...
Na sombra, pois o que vejo não mais me pertence...
Hoje termino minha farra sem conquistas...
Defendida, exclusiva e excluída de meu maior prazer, a vida...
O término da melhor conquista...
Pois o resto tornou-se conseqüências...
Sentimentos desparafusados...
Onde se encaixam esses feixes?
No meu sentimento, no seu sentimento, ou em de outros?
Todavia, resguardei memórias absorvidas de um nunca removido...
Preterível antes fosse vossa vontade...
Mas aqui na Terra desejo voltar novamente...
Implacável foram os motivos que quase me tornaram uma pessoa triste...
Pois iria sentir-me sozinho, longe talvez da solidão...
Pois os livros que leio, me imagino seguro...
Acompanhado de um livre abuso, você...
As formações, os perplexos do abstrato...
Obscuros são as profundezas mais insanas...
Indelicadas da vaidade de alguém que sempre as ignorou...
Portanto e por tanto que fizemos...
Ninguém nos põe práticos e satisfeitos...
Pois sabedoria nega a demência...
E essa é uma imaturidade...
Da coerência incoerente masturbada, sem seu gozo pela vida...
Imortalidade em benefício da espécie!
O meio antrópico insano e confuso!
A galáxia aguarda a chegada dos guardiões...
Talvez conservadores, precursores...
Por onde anda a fé?
Mas fé não modifica desastres, não remove impactos...
Mas sem ela já estaríamos mortos...
O mesmo que digo a você, ouço de conselhos de familiares...
O mesmo que amo você, deixo praticado para minha partida...
Deixando cartas com palavras sóbreas...
Sem desmerecer minhas idéias reais...
Pois a peça quebra-cabeça não existe em mim...
E o enigma ainda está por vir...
Eu me encontro na força da canção...
Na rapidez dos versos...
Na fúria da emoção...
Desabafando no calor do corpo toda minha inspiração...
Fazendo frases...
Chamando palavrões...
Pois todos não mais me escutam...
E nesta data inglória...
Satisfaço meus desejos e abnegações...
Pois meu rótulo é o mesmo...
E o amor também...
Não mudei de páginas...
A interpretação frívola é a mesma...
Cansada, sujeita e sem razão...
Todo o efeito você refez e desgastou em vida...
Agora ausente...
Mudar, ser você mesmo...
Desejar amor e não sentir inveja...
As aspirações fogem a isso...
Pois perdem seu consumo...
Pois vão poder amar e dá importância a vida...
E a pessoa ao lado se tornará livre...
E essa gripe já passou?
Vamos atrás de remédio!
Não podemos executar essa dor!
Os pensamentos surpreendem o tempo...
São os únicos que podem reviver o passado...
Através das memórias onde a juventude sempre se renova outra vez...
Esperando, mas sem se preocupar com o tempo...
E a chegada, lhe deixa prazeres, sonhos e desejos...
Enganando uma dor, que há minutos atrás era depressiva...
Como um câncer não curado...
Onde os pensamentos tornam-se derradeiros...
E como reagir a essa dor?
Do que eu lembro me atrasa o tempo...
E as verdades e mentiras nunca irei descobrir...
Foram ocultadas, diluídas da fonte que absorvia tranqüilidade...
Agora só resta rezar e esquecer que o pior erro já esteve comigo...
Deixando-a esquecer em outro prazer...
Às vezes relembro histórias contadas por pessoas consideradas humildes...
Reais como a fome e a necessidade...
Pois é difícil achar alguém que diga que já viveu assim...
Fácil é encontrar pessoas que enganam a si mesmo...
Queria poder sentir saudades de minhas vidas...
Mas as saudades não se assemelham...
Pois o que se assemelham são somente histórias...
Mas que por analogia perdem seu contexto...
Para fazer acreditar, favorecer entender...
Seus encontros como contos nunca esquecidos...
E minha razão não me impedi de iludir...
Suas prosperidades, seu amor...
Eu não posso mais me envolver...
De olhos fechados consigo enxergar sua emoção...
Mas minha vida está corrompida, atrevida e triste...
Minha fonte familiar pede por minha ausência...
Expedido principalmente por uma despreparada e desequilibrada mãe loba...
As saudades dos momentos da infância...
As recordações dos dias em que as reverenciamos...
Fazem-me fugir para um além bem ulterior...
Para bem longe de uma memória...
Para bem ausente de uma dor...
Para não lembrar, tentar esquecer...
Ser vítima da vida por conseqüência do tempo...
Imaturo, protegido e imperfeito...
Não me levarão de volta ao meu quadro de deformação...
E o tempo traído...
Faz-me esquecer o quanto a amo...
Deixando minhas travessias expostas...
Porque sei que algum dia poderei caminhá-las de novo...
Sem minha construída prole...
Mas talvez diante de um amor perfeito...
Eu desejei morrer até um tempo atrás...
Mas hoje eu quero viver...
Mas viver feliz, sem nenhuma reclamação...
Pois no inferno que vivo, e que não passa, são de reclamações...
Portanto estando nessa falha, meus argumentos tornam-se incompreendidos...
E minha ira, reflete-lhe tristeza...
E quando sair do fundo desse útero...
A pessoa que será gerada se tornará outra...
Com um sorriso frágil e imaturo...
Como uma criança saudável e bem amada...
Não percorrerá por esse mundo doentio...
Por onde nele vivo e sobrevivo até hoje...
O cenário que sonho é uma verdade distante...
Os segredos e pretextos são minhas difusões...
Somos páginas viradas no dia a dia...
Tornamos-nos fortes como necessidades de sermos ser humanos e frascos frágeis aos obstáculos da vida...
E tudo isso se expressa como uma simples bobagem...
Pura melancolia hipocondríaca?
Pura insatisfação reagiu agora!
As febres que tive até hoje nunca me geraram tanto calor...
Minha temperatura está alterada...
Como uma floresta hibernada em um ecossistema impactado...
Onde perde suas essências naturais e tornam-se um ambiente que prolifera poluição...
Alterado pelo homem, que só usa 10% de seu precioso cérebro genial...
Que vivem através da manipulação do sistema...
Estereotipado de noticias que fazem você viver de acordo com a opinião...
Opinião tal que só gera revolta, e um amanhã menos elucidado de felicidade...
E o que lemos nos atrai coisas boas?
O noticiário financeiro aumentará seu salário?
A miséria é um calabouço do equilíbrio...
Desequilibrando os mais frágeis...
Deixando um país mais insano...
O que eu digo, não é o que leio, vejo, acho...
É o que acontece, atrasa e dói...
Felicidade é uma reza?
Não!
É uma esperança...
Deixou de existir diante da vontade própria...
Pois não passa de ser agora mais uma manipulação do sistema...
Mas que sistema é esse?
É o mesmo que exigi conhecimento e dedicação...
Mas dito pelos ícones como complexos enigmáticos...
Por ventura ainda bem que sou iconoclasta...
Mas a situação não deixa de ser uma rebeldia...
Que transfere-me de um mundo real insano, para um mundo surreal sem coerência...
Grande verdade falei agora?
Todos somos ignorantes inteligentes!
Geradores normais diários de quantidades exorbitantes de lixo...
Onde podemos ter certeza que nunca iremos nos comparar com os mesmos...
Mesmo se fossemos iguais a novamente os mesmos...
Pois normalmente a destinação final dada já está em decomposição...
Então já estamos sendo manipulados pelo sistema!
Que observa e exclui os frascos mais quebrados quando você não cuida e o satisfaz de suas ordens...
E eu deixo minhas amarras expostas...
Sem me pronunciar e desobedecer...
Pois nada agora fui eu que falei...
Pois manipulei o sistema...
E essas amarras foram suas ilusões refletidas...
Para um outro lado que nem você conhecia...
Chamado você mesmo...
Que revive seus desejos e desprezos...
E renovam suas obstinações...
E não lhe permitem que perca a fé...
Nesse curto instante de desespero...
Por onde sua alma não afasta sua dor...
E sua influência não regenera sua complicação...
Procedendo a sua postura...
Um homem digno de amor...
Carente e mal retribuído de rancores...
Onde o cheiro sentido, é o mesmo ainda de sua infância...
E seus espectros são seus lamentos de abusos...
De alguma dor do passado...
De alguma garota, excitação...
Seus consentimentos são cultos do prazer...
Dentro dessa reserva...
Para esperar por onde ainda se propagará sua última emoção...
Vendo seus passos, e os seguindo até uma igreja...
Revejo seus preceitos e ressentimentos...
E hoje sei o que mais lhe sufoca...
Sei que você vive a uma doença que não é sua...
Pois a sombra e a escuridão não são de sua natureza...
Desde o tempo que lhe conheço...
Sinto que seu sorriso não é mais o mesmo...
Desde o tempo que lhe compreendo...
Sei que sua paciência não é mais a mesma...
Todos os seus valores foram consumidos e interpretados em outra vida...
Por conseqüências baratas em uma vida mundana...
Sem naquela fase perpetuar fé...
E tornar-se notória hoje em dia em suas reflexões de desabafos...
Compreendendo-me a um sono que tanto desejo dormir, e me fazer sonhar sem me surpreender por sua dor...
Deixando-me de volta viver a minha vida...
E relaxar em uma solidão...
Da calmaria...
Da inspiração...
Onde corpo e mente não se reprimem...
Nem se contestam, fora de seus equilíbrios, espiritualidades, decisões...
Onde o amor ainda é uma dádiva da vida...
E sobrevivem e superam ao tempo...
A decepção...
O rancor...
A dor...
Muitas vezes quis ser familiar a minha família...
Mas muitas das vezes não somos familiares a nós mesmo...
E hoje quando estou triste, sei o porquê da minha tristeza...
Sei quando estou triste, sinto falta de seu colo, seu amor...
E seu pecado não revelará mais a dor...
Pois o que viveu, não refaz o que foi dissipado...
E sua dúvida está no meu prazer...
Como dívida.

Marcos Gomes

Nenhum comentário: