terça-feira, 10 de março de 2009

“O Fim”


É o fim...
O começo para toda essa eternidade...
Onde fantoches contam histórias...
Presenciando escravos de nossos talentos...
Combinando dor e perseverança...
E nossos únicos segredos nunca revelados...
O jovem do alto de desfiladeiro lança-se ao precipício...
Provocando a liberdade...
E um desafio para tornar-se vivo...
Dizendo a um velho sujo, e jogado a um canto...
Mostre-me aonde enxergar vida...
Ignore essa lucidez...
E todos os momentos que a vida o fez sentir-se livre...
É o começo para todas essas mudanças...
Por onde a distância não o fará mais lamentar-se de sua vida...
Pelo menos enquanto meus pulsos sangrarem por você...
Por isso não estanque essa minha dor...
Deixe-a permanecer constante...
Pois só assim terei a certeza que você foi o escolhido...
Por seguir pelo tempo redimindo suas tristezas mais sentimentais...
Rezando para os santos, darem significados para seus sentidos...
Tentando proclamar a alguém, seus dias que tornavam-se cada vez mais mortais...
Não julgando-me por eu sentir, suas fraquezas mais freqüentes...
Porque eu fui o escolhido...
Para descobrir os segredos dos anjos...
E os revelar para seus sonhos mais obscuros...
Ocasionando seus pesadelos...
E descobrindo seus pecados mais capitais...
Suportado por tanto sofrimento...
E por uma mínima vontade de você tentar acreditar em sua vida...
Acomodada pelo tempo...
E por todos os momentos que permaneceste isolado desse mundo...
Portanto, o fim das mudanças...
O fim dos pesadelos...
O fim dos sonhos...
O fim dos momentos em que tentamos morrer.

Marcos Gomes

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