
Para onde eu devo redimir essa nova escrita...
Por onde eu devo ter forças para encarar essa nova fase...
Longe do que eu nunca quis fugir, e sim me afastar...
Perto de um vislumbre de mágoa a se manifestar...
Por tanto sentimento e choro...
Onde pequenas pedras tornam-se imensidões de rochas que vulneram-se em uma trilha...
Onde nem mesmo as forças do vento podem arrastá-las...
O obscuro percorre em minha lucidez...
Vomitando em versos o que às vezes não há como compreender...
Em uma forma axiológica de encarar o medo...
Dar vida ao absurdo...
Para os que precisam não tornarem-se fetos de desespero...
Vivendo em contornos com o universo paralelo as suas existências...
Vivendo desconfiados de uma virtuosidade benévola as suas sobrevivências...
Portanto eu guardo essas tristezas em folhas de papéis...
Sabendo que estão tristes e carentes...
Mas nesta galeria vejo seus quadros opacos pela dúvida...
Seus rumores navegaram pelos mares dos momentos em que eu me afoguei...
Agora apenas vividos por meus sonhos, meus anseios...
E pela ingênua miragem de criá-los à vida...
Interpretando-os a contextos em versos vividos em palavras de amor...
Deixando-os ocultos pelo meu desejo...
E eu pela prática serena de permanecer calado, estando vivo.
Marcos Gomes
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