quarta-feira, 4 de março de 2009

A Vida


Entre dúvidas, espaços sem nenhum momento e ternura...
Propago para esse motivo minha verdadeira emoção...
Sem seu teto para cobrir o que poderá desabar...
Sem meu sentimento perdido em seu desprezo...
Nos momentos fantasmas que me assombram saudades em noites bem escuras...
Onde o necessário sacrifício me aprisiona em meu anseio...
Revelando-me o quanto fui infiel a minha paixão...
O quanto a sufoquei pelo o que eu perdi...
O quanto fui amante pelo que eu lhe amei...
E minha angustia me guarda na solidão como você nunca me perdoará pelo seu orgulho, desprezo...
Pois o poeta que vive em mim, estar morto...
E minha inspiração mais calorosa era você...
Entre as canções que rimavam sua carência entre as rimas...
E nas melodias que deixavam fixar cada situação apaixonante...
Vivenciada pelos sorrisos, e guardada em fortes abraços de amor...
É preciso mudar, me adaptar a você...
Foi como tudo se inicio...
E foi como nunca começou...
É preciso mudar, mas agora a dor não me permite mais me adaptar...
Apaixonando-me por você...
E sabendo que o ódio, o desprezo, um dia mudarão conforme minha mudança...
E o que você reconhecerá diante o erro que cometi?
E minha liberdade aguardará uma resposta sobrevivida há esse tempo?
O amor não me fez sentir-me realizado...
Sua inspiração bela, eterna, a deixo partir sem deixar que eu vá embora...
Eu precisei me sentir como estou, para reconhecer e aprender amar o que eu perdi...
Sabendo que é tarde e nunca a sentirei de volta...
Ao espaço construído pela arquitetura genial do amor...
Sobre o tempo inalcançável que passamos tão juntos...
Pois o amor me tirou dúvidas...
Me fez sentir a verdadeira dor do que é realmente sofrer...
No momento mais difícil sem meu norte familiar...
Onde o medo, me trouxe de volta para meu lar de arrependimentos...
Fazendo-me lembrar na galeria de minhas tristezas...
Todo desamparo que vivi no meu quarto de ilusões...
Pelas poesias mais belas, resguardadas da dor de alguém que nunca o amou...
Pois o poeta absorve os impactos...
Remedia as paixões...
Erra e simplesmente erra...
Mas sobrevive a um amor alusivo, manifestado apenas pelo seu maior prazer...
A vida.

Marcos Gomes, 25/11/07.

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