quarta-feira, 4 de março de 2009

Prisioneiro do destino


Ô prisioneiro...
Ontem fui teu destino...
E hoje me encontro em teu passado...
E teu sorriso se foi com o vento frio?
Achei que teu afeto encantasse seu ódio...
Ludibriasse suas paixões...
Mas vejo que teu coração está ferido...
Sempre confiaste em teus sonhos...
E teu amor encontra-se desgastado neste vazio...
De onde trouxestes tanta mágoa?
Porque não as deságua nesse calabouço que o feriu!
Tua tristeza, não nega tua loucura...
Tu desafiaste uma sina, um universo, um amor...
Em momentos que foram guardados em segredos e proibições...
Onde sua fúria não se apega mais a minha...
Então não podemos mais discutir!
E nesta solitária, ainda sobrevive mais um prisioneiro do destino...
Lesado por seus atos, perseguido pela angústia...
E machucado por uma ocorrência, que não o faz capaz de se superar por seus erros...
Tua vida foi um momento absorvido...
Das mentiras e verdades que o tempo refez escutar e rever...
Agora sua luta rebate contra o tempo, quanto a sua vontade louca de viver...
Definindo emoções e relendo leituras bíblicas, para preces onde a razão e fé não se assemelham...
Tu me deste um passado...
Fizeste meu futuro...
Redefiniste meu presente...
E agora seu limite reage ao que você não pode mais viver...
Ô prisioneiro...
Vejo seus sonhos enquanto acordo...
E vejo o quanto importa estar presente nele...
O quanto vale a pena sonhar e redesenhar momentos e desejos para essa vida...
Pois nossa vida é tão ingrata conforme reciprocidade mal interpretada e adquirida...
Portanto o que importa desta vez é não desistir, facilitar uma derrota...
Pois estando nesta prisão, a culpa acumula problemas e acomodam objetivos...
E o encontro de todas essas frações procedem a um desabafo...
Pela dor...
Por um amor...
Pela vida...
Tão curta, por procedentes prisioneiros do destino...
Que ainda lutam e permanecem vivos.

Marcos Gomes. 10/08/2007

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