quinta-feira, 16 de julho de 2009

“Como estamos”


Escuto distante na colina...
Os ventos alísios que mudaram seu tempo...
Assim como minhas palavras mudaram seu rumo...
E o conselho não partiu de mim...
Aquela tristeza não era própria...
Assim como meus pensamentos...
Influenciados pelo ódio diante seu rancor...
E sua solidão não estava completa...
Faltavam minhas angústias afogarem suas emoções...
Como as possuiu quando as tinha...
E as praticou sem devoção...
E agora, o verme ignóbil partiu...
Sem sua fúria...
E sonetos de amor...
E aquilo que vimos...
Nunca fez parte de sua atitude...
Assim como os sonhos nunca suavizaram a dor...
E a liberdade esta exposta...
Como minha alma a Jesus...
Então meu Deus, não me leve de volta?
Não me torture mais por onde pequei...
Pois sinto ainda o peso da mágoa...
E isso não me trará de volta...
É isso que me afasta...
Quando assassino quem eu sou...
E minha lápide torna-se uma saída...
Quando não gostamos de quem somos...
E o pecado, meu Deus!
É como estamos.

Marcos Gomes 16/07/2009.

“Ausência”


Nos teus versos, senti minha primeira paixão...
Nos teus olhares, não sentia-me na solidão...
O teu pleno sorriso trouxe-me pra perto outra vez...
Andava em caminhos perdidos...
E meus sonhos haviam se desabado sobre minha fraqueza...
O único dito era pra trazê-la de volta...
O único sentimento era em não perdê-la em um quarto escuro...
Você sonhará outra vez, eu dizia!
Você sonhará!
E eu lhe trarei de volta...
E você poderá me chamar outra vez...
Com gestos, palavras de amor...
Você é, e foi minha vida...
E eu me sinto perdido nesse vazio aqui dentro...
Teus costumes me aprisionaram nesse estado de tranqüilidade...
E eu me sinto tão perdido quando não escuto mais sua voz...
Eu me perdi de você...
Que sempre acreditou em mim...
Eu me fiz de desentendido...
Quando só queria meu bem...
Eu te amo, mas dizer isso não foge de minha consciência, aonde estiver...
Pois teu amor ainda posso sentir...
Sinto sua falta, no momento em que mais é preciso entender...
E meu coração se sente ferido, magoado e partido...
Minhas frases fracas representam meus atos de desespero...
E teu acumulo de desejo me guarda nessa melancolia, sem seu perdão.

Marcos Gomes.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

“Dor”


Os pesadelos em um forâneo encontro...
Em um funeral que aprecia lhe ter...
E como seria matar?
A vida me disponibiliza morrer...
Como morro em pensamentos mórbidos...
Na surpresa de não mais me ter...
Sem uma boa aventura...
Sem uma boa canção para esquecer...
Tudo é prático e defeituoso...
Em um ser depressivo e estranho para viver...
Temos nossas almas...
Mas não temos mais nossas escolhas...
E eu confiei minha sorte em quem não deveria...
Então, perdi mais uma escolha...
E hoje entendo quando desejei me afastar...
Mas sinto pessoas desejando eu me perder...
Como já havia me perdido...
Calado e excluso de meu ser...
E nessa memória assombrosa...
Meus pesadelos permanecem até eu partir...
Nos labirintos dos trovões...
Na escuridão entre ratos e baratas...
Na tempestade que adoça e purifica minha alma...
E no gritar...
Esperando reagir...
Minha vida é um segredo...
Diante suas deduções...
Enquanto me afogo em estragos...
Ouço uma dor paira na solidão.

Marcos Gomes, 09/07/2009.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

“Último prazer”


O outro dia chega...
Assim como as horas, as respostas...
E o que fica são somente as dúvidas...
E meu espaço fica quieto...
Entre tantos momentos a pensar...
Do quanto eu pude reclamar...
Agora, se arrepender...
E como devo reagir se não superar?
A dor dura até amanhecer!
E as lembranças se perdem em outras já esquecidas...
E o meu fantasma se perdeu...
Na imaginação longínqua...
Aonde teus pensamentos não me encontram...
E nem me afastam de você...
Assim como minhas rezas...
Que te encontram no espaço aonde te deixei...
E assim fecho meus olhos...
E deixo surgir...
Tudo como perfeitamente deveria ser...
Tudo como em seus momentos não foram...
E então abro meus olhos...
E vejo erros diluídos se partirem...
No abstrato de suas dúvidas...
Na imaginação que lhe permitir...
Eu faço estar nesse estado de tristezas...
Minhas reações mais agradáveis...
Entre meus desejos mais desejados a você...
Como minhas alegrias...
Apostando sentir nesse vazio, um último prazer.

Marcos Gomes, 06/07/09.

“Tudo estará por vir”


Tudo o que eu me esquecia você clareou-me aqui...
Tudo o que eu menos tinha você me fez conquista aqui...
Por mais que existisse seu perdão, tudo estava assim...
Feito sobre significados de um destino, junto à teoria de um saber...
Tudo o que eu percebia era minha falta aí...
Tudo o que eu queria era tê-la aqui...
Tudo o que eu procurava talvez não estivesse por vir...
Talvez meu sentimento não merecesse essa chance...
Talvez meus sonhos não lêem, não alcancem...
Talvez meus risos não agradem, só disfarcem...
Ou talvez tenha os perdido, não esquecido...
Tudo melhoraria se você me entendesse assim...
Tudo se encontraria se você me envolvesse assim...
Tudo se solucionaria se você me compreendesse assim...
Que por mais que existisse seu perdão, eu estava assim...
Procurei por noites em claro tentar achar você...
Tentei por ações e reações tentar conquistar você...
Não se a tenho...
Não a vejo...
Não a sinto...
Não durmo...
Os infinitos sonhos vivem sem descansos...
Os verdadeiros pensamentos vivem as virtudes...
Os arrependimentos vivem as reflexões...
E por mais que estejamos vivendo a qualquer tipo de concepção...
Preterir ou desejar...
Tudo estará por vir...
Um poeta nunca se vê por traz de uma parede...
Mas sabe que há de esta por traz dela.

Marcos Gomes.