segunda-feira, 2 de março de 2009

“Fugitivo”


O homem...
Primata sábio...
Vislumbrador involuntário...
Conhecedor dos provérbios...
Como a rapidez de um rato.
Reflete suas teorias na brisa quântica de uma energia escura...
E descobre que buracos negros, ainda o oculta.
Talvez entre os demais...
No latido pela fome dos cães da noite...
Nessa fina confidência...
No opaco profundo contagiante do prazer.
Por muito tempo nossos segredos não são revelados.
Na intuição que nossos crimes se abrigam em testemunhas...
Pois o devasso primata ainda sobrevive solto...
E foi cúmplice de suas desastrosas decisões...
E agora permanece em parafuso...
E a multidão nem o percebe em sua volta.
Nem reconhecem mais sua própria criação...
O assassino de seus sonhos...
O ilusório de suas sensações...
A alma penada que vaga...
Por onde andam nossos guardiões?
Você sabe?
Eu acreditei até um tempo atrás que ainda existiam...
Pois meus atos ainda devem ser julgados pelo perdão...
E eu estou nessa caçada...
Descobrindo seus passos...
E recordando da sua paciência quando a minha já não existia...
Até quando, vou fingir fugir.




Marcos Gomes 22/02/2007

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