sábado, 14 de março de 2009

Consumo psicodélico


Jesus era um bondoso homem entre os demais...
Ela era apenas um sopro do destino em forma de matéria...
E eu apenas uma forma de pranto...
Consolando-me nas flores murchas do jardim de seu túmulo...
Seguindo a diferença...
Encontrando um cheiro de paz, sem desembolsar nenhum afeto de perdão...
Naquele momento...
Queria apenas o que beber...
Seguir na natureza de meu momento...
Liberar meus impulsos constantes...
Contra uma maré ofuscante na memória...
Liberar no sentimento o êxtase de um pileque...
Em uma forma bem simples de dizer que amar é conforme nosso jeito...
Onde simplesmente, isso me consome...
Isso me aperta um desejo...
Por isso, dê-me o que beber...
A solidão não vai agüentar...
É apenas um sonho e você vai surgir...
É apenas um sonho e você vai querer me conhecer...
Vai querer lembrar-se de mim...
Você vai guardar-me em seu sonho...
Você vai se descobrir...
Vamos brincar de machucar...
Vamos nos beijar...
Vamos nos abraçar...
É melhor pedir desculpas...
Pois isso, não passa de um sonho...
É tudo seu sonho...
O real é você e seu consolo...
Quero ir para casa...
Contar para todos um jeito diferente de ser feliz...
Um jeito de saber que lucidez não fere...
Mas torna-se psicodélica onde tudo é solidão...
Onde pesadelo encontra-se em quem não sonha...
Simplesmente isso me consome...
E você não passará disso.

Marcos Gomes

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