quinta-feira, 7 de maio de 2009

“Sentidos frios”


Os fins entre mortais e imortais...
Os fins entre iludidos e ilusões...
Os Deuses podem nos salvar...
Mas por fim deve-se obter sabedoria...
E nesse instante não podemos esperar...
Seus juízos serão seus sacrifícios...
E a fé não pode aguardar...
A reza já pode estar lapidando seu túmulo...
E esse tempo está para cessar...
Então não podemos correr até cansar...
Não podemos nos trancar entre paredes para chorar...
Teu desejo como meus erros foram humanos...
E por favor, não tente me julgar...
Palavras saboreiam me entristecer...
E hoje não estou pronto para chorar...
Um dia já estive!
E esse olhar deseja me apagar...
Mas a verdade é que nunca fui prático para lhe entender...
E vivendo esta fase sinto-me fracassar...
Mas sempre fui seu herói nas suas aventuras...
E agora, não pode me afastar...
Pois o tempo de partir com os deuses fez o silêncio...
E tornaram os infinitos sonhos em malogros...
E eu estive lá para evitar...
Vi humanos em seus defeitos...
Vi humanos em suas frustrações...
Vi a dor esconder a paz medíocre entre os povos...
Vi mortais valorizarem suas vidas já perdidas...
Eu vi um sorriso frágil aonde desejei cuspir...
Vi um rosto envelhecido, enxugando as lágrimas naquele amanhecer...
Senti meus sentidos frios, na dúvida de lhe ter.

Marcos Gomes 07/05/2009.

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