sábado, 23 de julho de 2011

“Traga-me para o alto”


Traga-me para o alto, vou me lançar...
Tenho algo a dizer quando chegar ao céu...
Nessas horas o tempo dificulta o pensamento...
E paro para lembrar o que eu fui durante esse período...
Nesse espaço tão pequeno...
Onde as lembranças vagas nem chegam à memória...
E viro um cara preso no esquecimento...
Um homem sem rancor e amor...
Que tenta lembrar-se das nossas alegrias...
Das minhas falhas...
Mais nesse mundo doentio fiquei sem força...
E parei de lutar...
E por favor, Levante-me!
Preciso ter uma esperança...
Não poderei enfraquecer quando chegar a minha hora...
Todos me observam...
Mais não sabem das minhas amarguras...
Não sabem das minhas mentiras, o quanto pequei...
E não posso mais me enganar com isso...
Serei diferente...
Você fazendo parte de mim...
Nesta noite...
O luar refletindo nas rugas do rio encantado...
Que lapidam a beleza deslumbrante desse brilho...
E refazem meu viver...
Na minha memória, onde tudo se resume nesta noite...
Eu sem lar, sem abraços de verdadeiros amigos...
Aquecendo-me nos ventos dos sonhos...
Que me levam aos sentimentos esquecidos...
E trazem de volta quem um dia foi feliz com você...
Límpido e puro...
Temeroso, inconfortável...
Lembranças vagas...
Reminiscências de uma vida dura...
Sem pressão psicológica...
Acontecem na vida das pessoas!
Que são livres...
São impuras...
Tanto faz ser quem eu sou!
Eu estive perto da felicidade...
Eu estive perto do amor...
Portanto traga-me para o alto...
Mostrarei o que hoje restou de mim...
Isolado neste caco de mágoas...
Que tenta remendar a cada dia...
Momentos felizes que se passou, e eu perdi.

Marcos Gomes, 22/07/2011

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