quinta-feira, 1 de março de 2012

"Alguém para Ouvir"


Eu invento coisas...
Onde tal fato torna-se real...
Limpar sujeiras para transparecer limpo...
Não é o ideal que desejei para sonhar...
E sem significado algum, continuo vivendo...
Sem momento algum, é fácil saber quem eu não sou...
Sentimentos estúpidos...
É, é assim que vivem alguns dentro de si...
Sem nenhum movimento abusado...
Onde qualquer passo em falso, possam surgir revelações...
Que te Traduzem...
Lhe seduzem...
Para sofrer...
Sem sentir o perdão...
Onde fracos são fortes...
Pois sustentam tanta sujeira enclausurada...
Entre os espertos da dor!
Que acham que nunca sentiram essa devolução...
E quem a sentir, sempre irá superar sua cicatrização...
Refletindo entre sujeiras...
Mesmo sabendo o que nos torna fortes, cria a dor...
Servindo-se no desejo insano...
Onde as palavras fortes lapidam a escuta...
Desejando-as nunca mais contê-las...
Pois amar para sofrer, não é o que desejei para você!
E ninguém nunca deseja...
Mas, um erro já foi cometido...
E Você?
Que aprecia tanta essa luta...
Sabendo de uma verdade sem amor...
Vivido em sua dor...
Algo passageiro e tristonho...
Que ergueu e desabou seu alicerce...
Por onde o tempo passou e ninguém percebeu!
E acordar no passado...
É um desfruto que precisa estar diluído...
Onde tal fato torna-se seu mais nobre Karma...
E a situação e sensação de perdê-lo é a mesma...
Que calcula todo esse seu tempo perdido...
Parecendo-me que ainda, perde tempo demais...
Guardando toda essa sujeira melancólica ...
Que ativa sua depressão...
E os Encontros que eram para ser somente encontros...
É seu passado amargo que passou a re-existir...
Chegou o tempo de acordar...
Pois nem sempre haverá alguém para ouvi-lo.

Marcos Gomes, 01/03/2012.

Um comentário:

Strega disse...

Suas palavras são perfeitas. Sua escrita é muito refinada... Gostei dos teus textos, eles prendem o leitor e o trazem para si.