sábado, 11 de dezembro de 2010

“Preso em um certo ser”


Preso em um certo ser...
Pergunto-me como sinto-me assim...
Envelhecendo entre paredes pálidas!
Onde nenhuma paz ou mudança prolonga minha paciência...
E minhas palavras soam como revoltas imaturas...
E degrada o que você pensa sobre mim...
E tudo termina sem vitórias neutras...
Até minha alma se alimentar em outro ser vazio!
E somente assim sinto-me em um momento de tranqüila paz...
É assim que ouço o desconhecido intemível...
É assim que revelo minhas fraquezas...
É assim que desprezo esse corpo sujo de mim...
Em dias vazios no desespero...
Implorando por liberdade...
Deixando-me na desonra...
Para valorizar o que aprendi até aqui...
Agora com outros olhares...
Com idéias renovadas quanto minhas dúvidas...
Até o paraíso que inventaram para mim...
Lembre-me apenas de acordar-me!
O caminho que estamos é confuso...
E muitas almas podem se perder!
Como já me perdi algumas vezes...
Vendo meu corpo enfraquecer...
Longe de minha alma elucida...
Que alimentava com força minha fé...
Ouvindo os sussurros fantasmas do desconhecido...
Apreciando minha luta...
Por não desistir...
Por salvar meu corpo cansado e envelhecido...
Por tudo que ele ofereceu...
Em outras almas puras...
Da origem ao derradeiro triste fim...
Onde todos pecamos perante a vontade divina...
E todos sabem nossos desafios...
Estamos presos em corpos fúnebres...
E nossa força espiritual ainda pode ser a salvação...
É preciso ser forte para terminar minha luta...
É preciso para encarar o que precisamos...
Não tenho olhado ao meu redor...
Mais sei que é preciso!
Estar preso em um ser que não é você...
Não é viver!
E todo dia se sentir um ser solitário, é se torturar!
Seja a fuga para o desconhecido...
E tente descobrir quem é esse ser.

Marcos Gomes, 11/12/2010.

Um comentário:

Emilene Lopes disse...

Dificil comentar uma poesia que te lê, e não vc a ela...
Amei!

Bjs Marcos!

MIla