quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

“Cemitério dos sonhos”


Há quanto tempo conheço você?
Há quanto tempo cuidou de mim?
Às vezes me pego pensando em você...
E seria fácil lhe enganar...
Aonde estamos vivem os cemitérios dos sonhos...
Por onde as almas vagam...
E é por onde vivem meus entes queridos...
E lembram o que eu vivi...
Na época suja...
Quando mais precisei tê-los...
E que assim seja esse novo vício...
Que apaga a depressão momentânea e louca...
E me deixa acreditar no pouco que cresci...
E quando sonho...
Vejo que não vivi!
E o que desaba sobre mim...
São as forças que não uso!
E sinto que meu esforço não superou...
E me entrego como mais um sobrevivente da tristeza...
E deixo que se fechem os portões dos cemitérios dos meus sonhos...
Desejando descansar...
Para acordar purificado do que eu lá vivi...
Na inspiração amarga...
Na dor penetrante que contamina o sangue...
E essas são as alusões que vivemos...
No comportamento que não sonhamos...
Em uma vida que desejamos sermos felizes...
E que me lembra que até antes disso eu era feliz...
Até mesmo sem você...
No cemitério dos sonhos.

Marcos Gomes, 09/12/2009.

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