"Com Muita Humildade, Fiz estes sonetos de madeira, dei-lhes o som desta opaca e pura substância (...)" (Pablo Neruda In Cem Sonetos de Amor)
sábado, 14 de março de 2009
Dias Mortais
Os dias mortais talvez nunca viessem ser estranhos...
A seriedade estruturava sem consenso meu ânimo...
Os passos caminham, assim chego, ainda alcanço...
Sempre estive longe de estar sobre seu olhar...
Sendo um viajante mortal...
O tempo ainda pode alcançar...
Os dias mortais movimentam-se diante as nuvens...
Vejo a manhã, o fim da tarde e as estrelas da noite...
Sobre tudo, ainda ofuscam-se os brilhos do luar...
Sendo assim, ao amanhecer, posso sentir o ensolarar...
Os dias mortais encontram-se em você...
A cada momento da vida, um impulso seu sentirá em compreender...
A cada momento da perda, um sentir funesto se apagará com o prazer...
A cada momento da espera, um triunfante idílio verve a procura de você...
Os dias mortais vivem a um ulterior sem fronteiras...
Ostentam um mero vínculo de riquezas...
Onde a cada segundo mortal...
Consumo um prazer para lhe fazer se encontrar...
Onde a cada instante final...
Descubro um imortal sentimento para lhe fazer sentir-se infinita...
Enquanto a cada momento em você reflete-se o espelho da vida...
Deixando a você uma lembrança...
Para lhe fazer viver em dias assim...
Os dias mortais de uma negação pudente da memória.
Marcos Gomes
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