"Com Muita Humildade, Fiz estes sonetos de madeira, dei-lhes o som desta opaca e pura substância (...)" (Pablo Neruda In Cem Sonetos de Amor)
quinta-feira, 16 de julho de 2009
“Como estamos”
Escuto distante na colina...
Os ventos alísios que mudaram seu tempo...
Assim como minhas palavras mudaram seu rumo...
E o conselho não partiu de mim...
Aquela tristeza não era própria...
Assim como meus pensamentos...
Influenciados pelo ódio diante seu rancor...
E sua solidão não estava completa...
Faltavam minhas angústias afogarem suas emoções...
Como as possuiu quando as tinha...
E as praticou sem devoção...
E agora, o verme ignóbil partiu...
Sem sua fúria...
E sonetos de amor...
E aquilo que vimos...
Nunca fez parte de sua atitude...
Assim como os sonhos nunca suavizaram a dor...
E a liberdade esta exposta...
Como minha alma a Jesus...
Então meu Deus, não me leve de volta?
Não me torture mais por onde pequei...
Pois sinto ainda o peso da mágoa...
E isso não me trará de volta...
É isso que me afasta...
Quando assassino quem eu sou...
E minha lápide torna-se uma saída...
Quando não gostamos de quem somos...
E o pecado, meu Deus!
É como estamos.
Marcos Gomes 16/07/2009.
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