"Com Muita Humildade, Fiz estes sonetos de madeira, dei-lhes o som desta opaca e pura substância (...)" (Pablo Neruda In Cem Sonetos de Amor)
terça-feira, 20 de outubro de 2009
“Linguagem da morte”
A linguagem da morte...
Na mais nobre sintonia...
Que deixa-me viver meus últimos sentimentos...
Na alegria de voltar a sentir meus sorrisos...
E saber que você esteve perto para vê-los...
Como um dia voltarei para me redimir...
Pela sinfonia secreta que compôs minha alma...
E que me ajuda a esquecer...
Eu junto aos passos do criador...
Que executa sua raiva e chama os trovões...
Retrata sua cria...
E retarda seus sentimentos...
E o que sobra...
São as migalhas de um verdadeiro amor...
Que nos tiraram...
Juntos de nossos filhos...
Que não enxergavam mais a dádiva da vida...
E se enterravam vivos juntos a oração...
E o que retarda agora é minha depressão...
Longe de conhecimentos...
Falha na ignorância de meus talentos...
Por onde só vivem minhas vagas memórias...
Que compõem a morte...
Elucidada das verdades que eu desvendei...
Como a culpa...
E suas dores...
Ser vítima desta sintonia...
É o que podemos sentir...
Seja o que você pode ser...
Até esta linguagem lhe esquecer.
Marcos Gomes, 20/10/09.
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