"Com Muita Humildade, Fiz estes sonetos de madeira, dei-lhes o som desta opaca e pura substância (...)" (Pablo Neruda In Cem Sonetos de Amor)
terça-feira, 8 de setembro de 2009
“O vidente”
Aos olhos da tristeza...
Enxerguei bem fundo nos olhos de um vidente...
E foi quando ele me disse...
“Você está pronto para esquecer?”
Toda minha certeza e dúvida se perdiam em suas palavras...
Daí senti algo afastando-se de meus sentimentos...
Como a dor de perder alguém próximo...
E não vê-lo por mais nenhum dia para se despedir...
Toda aquela áurea espiritual me consumia, me partia...
E eu tentava apenas fechar meus olhos e tampar os ouvidos...
Para não ver e nem ouvir minhas verdades explicitas...
E foi quando não pude mais sentir...
Todos meus desabafos e segredos perseguidos...
Pela minha consciência fraca enclausurada...
De mentiras e solidão...
Onde eu me maltratava em plenos dias depressivos...
Por ter sido uma intensa ilusão...
Em uma linguagem apaixonante...
Difusa de imaginação...
Que agora quer seus planos de volta...
Sem frustrações e consentimentos...
Acreditando em algo que irá florescer...
E foi quando o vidente me disse...
“Nessa vida não terá amor,
Mas poderá mudar a vida das pessoas que ama”...
Então foi quando respondi...
“Minha vida está enterrada demais,
Estou pronto para esquecer”.
Marcos Gomes 08/09/2009.
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