"Com Muita Humildade, Fiz estes sonetos de madeira, dei-lhes o som desta opaca e pura substância (...)" (Pablo Neruda In Cem Sonetos de Amor)
terça-feira, 2 de junho de 2009
“O fruto”
O fruto não pode ser tocado...
O fruto não pode ser cortado...
Eu o guardo para um dia devolver...
Como forma de respeito e gratidão...
No anseio de ainda sentir o que nunca deixei...
Mesmo no amargo da dor...
Na extinção da esperança...
Quando o momento foi à morte...
E o meu colapso foi pensar em tê-la...
Então, por que partiu?
Fostes e não saboreastes o fruto...
O meu desespero foi a solução...
E agora estou de volta aqui...
Entre jogos e venenos...
E qual foi sua história?
A minha já foi mentida...
Quer vê-la, abra está porta?
Veja meus filhos, meninos depressivos...
Meus estímulos consumidos...
E mesmo desejando a morte, estou vivo...
Pois você que partiu...
Preferiu fazer eu sofrer minhas tristezas pela ilusão...
E agora reconheço o tempo de se partir o fruto...
Antes da vontade de consumi-lo...
Antes da vontade de pedir mais um...
E hoje diante disso...
Tuas preces estão sendo escritas e vividas pelo tempo...
Onde teu amor ainda torna-se envolvente...
E eu me perco nessa distração...
Achando voltar a um tempo, longe de minhas confissões.
Marcos Gomes 02/06/2009.
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