quinta-feira, 20 de agosto de 2009

“Espelho frágil”


Espelho frágil...
Imagem deprimida...
Quanto tempo temos até esquecer?
Tudo o que nos ocorreu...
Tudo o que nos tiraram...
E como nos perdemos...
Tudo foi como queríamos...
E como tínhamos que ser...
Nossa fase era sinônimo de rebeldia...
Assim como as marcas deixadas pelo tempo...
Cicatrizaram na lembrança...
Momentos eternamente vividos...
Que hoje não consigo mais viver...
Sem o suor envolvente daquela época...
Onde a amizade ainda era nossa cura...
E hoje, o tempo é incapaz de mudar...
Como queremos...
Se não tentamos...
Nossas idéias irreais...
Sem conquistas absurdas...
Pois foi isso que me fez rever...
Meus conceitos em um momento de extermínio...
Onde meu lado eloqüente neutraliza meu lado mais insano...
E mostra-me o quanto ainda sou pequeno...
Perto dos demais...
Que conquistaram minha confiança...
Mas desapareceram de minha vida, quando não pude mais tê-los...
E agora, olhando-me ao espelho, sei definir...
O que não posso mais ter.

Marcos Gomes, 20/08/2009.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

“Sem saber”


Eu me encontro só...
Entre mais um espaço perdido na imensidão...
Os sonhos confundem minhas ocasiões...
E eu me sinto isolado de novo sem saber...
Como foi e como será...
E se ainda estarei sentado...
Como se estivesse pronto pra morrer...
Como em outras vezes...
Na perdida consciência...
Que afastou de mim, belas recordações...
Onde você era presente...
E agora está em seu túmulo...
E minha parte mais fraca...
É onde me apago...
Na circunstância da dor...
No pensar induzido...
Buscando viver um novo amor...
Sem sua predileta fantasia...
E rodeado de encontros de ilusões...
Nessa farsa indigesta...
De interesses e decepções...
Onde me entrego de novo...
Já imaginando me perder...
Na intuição...
No desabafo...
Nas verdades nunca ditas...
Enxergando seu belo olhar...
Distraindo minhas imperfeições...
Como se eu estivesse vivo, sem saber.

Marcos Gomes, 12/08/2009.